A Longa Jornada - Richard Adams

Classificação: ★★★★★

Preço: R$8,40

Comprei esse livro na Estante Virtual em Agosto depois de assistir esse vídeo (acho que já ficou claro que eu sou super vulnerável a boas opiniões) e comecei a ler no final de Novembro/começo de Dezembro. Confesso que assim que peguei para ler fiquei tentada a deixar de lado mas não o fiz e, com certeza, essa foi uma das melhores decisões literárias que já tomei. 

A obra de Richard Adams conta a história de um grupo de coelhos que foge de sua antiga coelheira após um deles ter pressentimentos ruins sobre o futuro ali e suas diversas aventuras durante a jornada buscando um novo local para se estabelecer. Como tinha assistido o vídeo do Videl, já sabia mais ou menos o que aconteceria durante a história. Mesmo assim, a leitura foi deliciosa. Me apeguei aos personagens, me diverti e em vários momentos me encontrava torcendo pelo sucesso dessa empreitada. Minha única ressalva foi o final, achei que podia ser um pouquinho mais elaborado.

De qualquer forma, recomendo para todos que gostam desse estilo de leitura. Entrou para os melhores de 2013 no finalzinho do segundo tempo.

O Médico e o Monstro - Robert Louis Stevenson

Classificação: ★★★★★

Preço: R$17,90

 

Esse ano tive a sorte de ser "obrigada" a ler, por conta da faculdade, várias obras que tinha vontade de conhecer mas sempre acabava deixando para depois. Um deles foi "O Médico e o Monstro", parte de um trabalho de Psicologia.

O livro, apesar de clássico (não tenho nenhuma objeção - leio vários, mas sei que tem quem não goste), é ótimo. A leitura é rápida (coisa de uma tarde) e a história acaba prendendo o leitor.

A trama, que se passa no século XIX, mostra a investigação feita pelo advogado Utterson sobre as ocorrências entre seu velho amigo, Dr. Jekyll, e Mr. Hyde.

A obra de Stevenson é um exemplo de casos de múltiplas personalidades, adestramento social do sujeito, o transtorno interno entre o bem, o certo e o mal, o instinto.

Muitos vão desvendar o desfecho da história nos primeiros capítulos, mas não deixa de ser uma leitura e tanto para todos.

PS: Adorei a nova capa (pelo menos desse) feita pela Martin Claret. Tirou o aspecto de "paradidático do Ensino Médio" dos exemplares.

Wishlist Literária

Livro é o tipo de coisa que não adianta quantos você tenha na estante, sempre que entrar numa livraria vai cobiçar mais um. São milhares de novos mundos te convidando para desvendá-los: como dizer não?
Assim, resolvi fazer uma "wishlist literária". Esse post foi baseado nos diversos vídeos "livros para ler no ano X", só que com algumas diferenças: eu NÃO tenho esses livros e provavelmente não os comprarei por um tempo - após a super compra da Black Friday (assunto para outro post), comprar novos livros está fora de cogitação - então não tenho previsão de leitura. Sem mais, a lista:



Festa no Covil, Juan Pablo Villalobos

"Em Festa no covil, a vida íntima de um poderoso chefe do narcotráfico — Yolcault, ou “El Rey” — é narrada pelo filho. Garoto de idade indefinida, curioso e inteligente, o pequeno herói, que vive trancado num “palácio” sem saber a verdade sobre o pai, reconta sem filtros morais o que presencia ou conhece pela boca dos empregados ou pela tevê. Seu passatempo é investigar secretamente os mistérios que entrevê, colecionar chapéus e palavras difíceis e pesquisar sobre samurais, reis da França e animais em extinção, sempre com o auxílio de seu preceptor — um escritor fracassado egresso da esquerda. Esse pequeno príncipe, tão mimado quanto privado de infância, tem um desejo obsessivo: completar seu minizoológico particular com o raríssimo hipopótamo anão da Libéria. Reveses nos negócios paternos e a conveniência de o grupo abandonar o México por um tempo acabam tornando realidade o safári para capturar o tal hipopótamo em risco de extinção. A viagem à África com seus percalços e o regresso ao “palácio” constituem a grande iniciação do narrador- protagonista, a quem só na última linha é dado chamar o pai de “pai”."

Já tinha visto esse livro algumas vezes nas livrarias e, convenhamos, como ignorar essa capa maravilhosa? Mas foi depois de ver o Videl falando dele que fiquei realmente interessada na história, morrendo de vontade de ler. Se já namorava ele antes, imagina agora. 

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On the Road - O Manuscrito Original, Jack Kerouac

"Eis aqui, pela primeiríssima vez, a versão do manuscrito original de 1951 de On the Road. Este texto representa a expressão inicial, em toda sua força, da revolucionária estética de Kerouac, o ponto identificável no qual sua percepção temática e sua voz narrativa se uniram em uma explosão de energia criativa. Esta versão de On the Road é mais crua, mais selvagem e mais sexualmente explícita do que o romance conhecido por todos. Além disso, na versão do manuscrito original, Kerouac apresenta os personagens (inspirados nele próprio e nos seus amigos) com os nomes reais: Neal Cassady, Allen Ginsberg, William S. Burroughs e Jack, o que só reforça o poderoso e íntimo imediatismo do texto."

Esse livro foi indicação de um conhecido com o gosto bem parecido com o meu. Após uma conversa sobre Bukowski, perguntou se eu já tinha lido "On the Road" e disse que era muito bom. Depois disso, comecei a vê-lo com outros olhos na estante da L&PM (uma das minhas editoras favoritas). Confesso que já ensaiei comprá-lo, mas deixei para trás por achar a capa feia (a do filme então, nem se fala). Recentemente achei essa versão, com o manuscrito original, mais crua e intimista do livro. Minha expectativa dobrou e não vejo a hora de ler.

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Felicidade, Eduardo Giannetti

"Os personagens são bem brasileiros e contemporâneos: uma jornalista estudiosa de ética clássica, um economista liberal, um roteirista de documentários que abandonou o marxismo pela filosofia analítica e um erudito desempregado. Neste livro, eles se encontram periodicamente para discutir um tema por eles determinado. Nessas reuniões, um deles faz uma breve exposição seguida de um debate. [...] Vieram a ciência e a técnica, mas não veio a felicidade. O mundo nunca foi tão injusto e a paz nunca esteve mais distante do que hoje. Os personagens de ´Felicidade´ querem saber por quê."

Esse livro foi citado por um dos meus professores favoritos num debate em sala de aula. Não tenho muito o que falar sobre. A história (mesmo que não tenha procurado muito a respeito) parece ser interessante e, caso não tenham percebido ainda, basta uma indicação (de confiança) para que um livro entre na minha lista de próximas leituras.

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Billy and Me, Giovanna Fletcher

"Sophie May has a secret. One that she's successfully kept for years. It's meant that she's had to give up her dreams of going to university and travelling the world to stay in her little village, living with her mum and working in the local teashop. But then she meets the gorgeous Billy - an actor with ambitions to make it to the top. And when they fall in love, Sophie is whisked away from the comfort of her life into Billy's glamorous - but ruthless - world. Their relationship throws Sophie right into the spotlight after years of shying away from attention. Can she handle the constant scrutiny that comes with being with Billy? And most of all, is she ready for her secret heartbreak to be discovered and shared with the nation?"

"Billy and Me" parece aquele típico romance bobinho, água com açúcar, feito para adolescentes românticas. Ou seja, totalmente diferente do meu estilo de leitura. Mas confesso que fiquei um pouco curiosa por ser o livro de estreia da autora, Giovanna Fletcher (esposa de Tom Fletcher). Talvez leia pelo Kindle ou compre em algum site internacional (ainda não foi lançado no Brasil) só para ver do que se trata.

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Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca, Camila Fremder e Jana Rosa

"Em "Como ter uma vida normal sendo louca": a autoajuda definitiva para todas as mulheres, de todas as idades e em todas as situações, Camila Fremder e Jana Rosa presenteiam as leitoras com dicas sobre as mais diversas situações do dia a dia, desde como se livrar de pessoas chatas em aviões, parecer intelectual, mesmo sem ser, até como dizer a um amigo que ele fede. Além disso, ainda ensina como se comportar na festa do encontro da turma da escola depois de muitos anos passados da formatura. O livro é interessante da primeira à última página e apresenta uma visão muito bemhumorada de situações que poderiam constranger qualquer pessoa."

Comédia disfarçada de autoajuda. Normalmente, acharia o título engraçadinho e deixaria para lá. Mas, como fã da irreverência de Jana Rosa (ex-VJ MTV) - para quem não conhece, vale uma passada em seu twitter -, vou dar uma chance. Aliás, pelo preço (bem barato, por ser lançamento), mal não pode fazer.

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1Q84, Haruki Murakami

"Duas histórias em paralelo se cruzam numa história cheia de mistério e eventos surreais. De um lado, Aomame, uma assassina profissional, suspeita estar em um mundo paralelo. De outro, Tengo, um aspirante a escritor, se envolve com um projeto de reescrver um livro misterioso."

Foi depois de ver a Luara falar de 1Q84 no vídeo "3 livros que eu devorei" que fiquei louca para ler. Pela descrição dela (e de resenhas de outras pessoas) o livro (uma trilogia, na verdade) é ótimo e te prende na história (tem coisa melhor numa leitura?).

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Esses foram uns dos livros que me interessei e pretendo ler. Como essa lista é infinita e não para de crescer, deixei alguns de fora. Se alguém quiser outro post nesse estilo (ou tiver lido um dos livros acima e quiser dar opinião), é só comentar. 
Além disso, um agradecimento especial a Mellory, pois foi assistindo ao vídeo dela que tive a ideia do post, e a Luara e o Videl, pelas indicações.

Numa Fria - Charles Bukowski

Classificação: ★★★☆☆
Preço: R$19,90
Não tem como começar esse post sem avisar: sou apaixonada por Bukowski. Sua frieza me fascina e compartilho da sua indisfarçável ternura pelos perdedores e excluídos. 

Começo sendo direta: não achei nada demais. O problema do livro é que é... morno. E quem diria que algum diria daria esse adjetivo ao velho bêbado: ora tão quente, ora tão frio. Confesso que coletânea de contos não são minhas favoritas, mas esse não chega a ser o caso.
Comparando-o com "Crônica de um amor louco" - outra coletânea de contos do autor -, percebe-se a diferença. As histórias não são tão envolventes ou extraordinárias. É Bukowski, de fato. Mas é mais do mesmo. As histórias não continham nada além de sua fórmula característica: álcool + sexo (com alguns palavrões e violência). Confesso que só li por gostar do autor.
Meu veredito? Um livro para os fãs, que procuram conhecer todos os seus trabalhos e gostam do seu estilo (peculiar e polêmico). Para os iniciantes, a indicação é a de sempre: Misto-Quente (clássico dos clássicos).

Holocausto Brasileiro - Daniela Arbex

Classificação: ★★★★★
Preço: R$39,90 (hoje é possível encontrar por bem menos).

Sempre me interessei por livros, então era - e ainda sou - a aluna que anotava todas as indicações dos professores. Esse foi uma citação numa aula de Psicologia, e, dias depois, fui atrás de comprar. Sou fascinada por livros históricos e transtornos mentais. Ou seja, o livro parecia uma boa escolha.
Demorei um tempinho para começar a leitura, mas desde a primeira página mergulhei em seu universo. Daniela Arbex mostra, através de depoimentos e fotos, as atrocidades que aconteciam nas dependências do Colônia, manicômio mineiro. O cuidado da jornalista transparece pelas palavras, mostrando seu cuidado e envolvimento com a história.
A narrativa parece coisa de filme, que muitos nem imaginam existir na vida real. Os pacientes - muitos sequer tinham transtornos mentais - eram tratados como bichos, em condições sub-humanas. Viviam nus, expostos ao frio e a fome. Mulheres eram constantemente vítimas de abuso sexual, tendo seus bebês arrancados de seus braços depois. Sobreviver a isso era como ganhar na loteria (sim, houveram sobreviventes desse genocídio). Franco Basaglia, psiquiatra italiano, chegou a comparar o hospício de Barbacena a um campo de concentração nazista.
A narrativa é envolvente, cheia de detalhes. Conta o que aconteceu ali pela perspectiva de várias pessoas (internos, funcionários, psiquiatras, jornalistas), ilustrando tudo isso com fotos chocantes. 
O livro, definitivamente, vale a leitura (para quem tiver estomago de encarar essa tragédia).